São boas as perspectivas para o engenheiro de pesca e aquicultura no
Brasil. O país tem uma extensa costa e um grande potencial para o cultivo, para
a exploração e a captura de peixes, mas a mão de obra especializada ainda é
escassa. As empresas de produção de pescado espalhadas por todo o país costumam
abrir vagas com frequência. Os frigoríficos integram a cadeia voltada à
exportação e oferecem mais oportunidades a quem tem especialização em
tecnologia de pescado. Na Região Centro- Oeste, novos frigoríficos têm sido
abertos, e isso incentiva a piscicultura, em especial do pintado. No Pantanal,
essa é uma atividade que deve crescer, como forma de evitar a pesca, que tem
provocado a degradação das espécies. No Nordeste, aumenta a procura por
profissionais para beneficiamento, processamento e transformação em produtos do
camarão. Na Bahia e no Ceará, há vagas nos projetos de maricultura (a
aquicultura de águas marinhas, que inclui, além dos camarões, a criação de
mexilhões, peixes, ostras etc.). No Nordeste, de forma geral, é alta a demanda
por engenheiro de pesca para embarcar e acompanhar o processo de captura de
peixes, como atum e beijupirá, e camarões. O serviço pode ser bem pago porque o
profissional recebe comissão pela produção. O Rio Grande do Norte e o Rio de
Janeiro ganharam novos terminais pesqueiros. No Sul, aumenta a produção de
trutas e moluscos, que incluem mexilhões, ostras e vieiras, levando à abertura
de novas vagas. No Centro-Oeste, especialmente em Brasília, há chances na
consultoria para empreendimentos em aquicultura. Nas regiões Norte, Sudeste e
Sul cresce a criação de peixes de água doce, em especial pintado, tilápia, pacu
e dourado. "O momento na Região Norte é muito favorável para esses
profissionais. Não damos conta de preencher as vagas que os novos projetos de
aquicultura geram", diz Carlos Eduardo Rangel, coordenador do curso de
Engenharia de Pesca da UFPA. Em todo o Brasil, os engenheiros de pesca e
aquicultura têm sido chamados por instituições como o Ibama e o ICMBio
(Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade) para realizar projetos
de conservação ambiental. E, com o crescimento desses cursos nos institutos
federais - antigos Cefets -, aumenta a demanda por professores.
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